"Mulher-Cão", por Paula Rego

"Mulher-Cão", por Paula Rego

A mulher das cavernas...

Havia um ser selvagem
Nos confins do mundo
Registrei-a numa imagem
De um ambiente profundo...


Caçava para comer
E passeava todo o dia
Pescava para sobreviver
E nadava na água fria....

Vivia só entre os animais
E tinha uma caverna
Era forte e bela demais
Pobre, pura e terna...



Era a Mulher da Caverna...

sábado, 26 de junho de 2010

"revisao"

re-visao
a visao retomada
a visao em segundo lugar sempre me deixa cabreira
a visao apos o tempo transcorrido
nunca olhamos a mesma coisa sob a mesma otica
nunca
ou olhamos p melhor ou para pior...
as coisas materais, as coisas de meu passado, de minha infancia
elas ficam la, e tal como 1 locomotiva agil, pesada e atabalhoada
vou indo, afastando-me das coisas q ficaram plantadas
e elas vao diminuindo de tamanho...ficando na fumaça
nao gosto
nao as eskeço, mas nao eh saudade
eh pesar..pela sua diminuiçao
pelo esfumaçamento
talvez se elas ficassem vividas
presentes p alguem, eu nao sentisse mal-estar algum...
mas sinto, pelas coisas q se transformam
ou nunca foram o q pensei
a casa de meu pai
o forno eletrico, a bike em q aprendi a andar, a vitrola dos meus lps
tudo eh minimizado, ou esmaecido
o predio a beira-mar das reunioes dançantes...hj em escombros
tramandai p mim é velha
o tamanho real das coisas é o q tinham quando melhor as vivenciamos
fotografar a alma, o estado de espirito, devia ser possivel
eh bom estar c meu pai
muito bom
te amo claudio

3 comentários:

Dona Doida disse...

Nossa, amiga, agora vc tocou num assunto q me interessa muito.
E q eu tenho paixão.
Memória.
É exatamente isso!
Olha, eu sou suspeita pq amo lembrar.
Acho importante.
Aliás, mais q isso, acho totalmente imprescindível LEMBRAR.
A gente aprende tanto olhando pra trás.
Pq as pessoas tem medo disso?
Pq ficam sempre ávidas pelo q vem?
Meu Deus, correm pra catormante, pra jogo de buzios, ou qqr especie de advinha q possa lhes dizer o vem pela frente.
Quando na verdade nao conseguiram nem resolver seu passado.
Ta la, cheio de pendencias.
Nao entenderam ainda tudo o q viveram e querem saber o q vem.
Nao perdoaram, nao digeriram...
E outra questão, q vc aqui aborda bem: a grande verdade é q a memória nem sempre é fiel.
As vezes o tempo vai mesmo apagando, ou ate mesmo modificando as lembranças.
E quanto menos vc exercita a memória, menos vc lembra.
E mais imprecisa ele se torna.

“A memória é sempre transitória, notoriamente não confiável e passível de esquecimento; em suma, ela é humana e social.”
Andréas Huyssen

clajate disse...

Lindo !!!!!!!!!!!!!!
Obrigado !!!!!!!!!!!!!!
Vem mais seguido , filha querida !!!
Te amo MONI

Branquinha disse...

Sou como a Naty, amo relembrar!
Sou nostálgica, talvez por isso goste tanto de história
Me perco nas minhas imagens pretéritas e tento reviver as emoções que insistem em se perder... mas não se vão, são latentes em gestos, músicas, viagens... os passos de hoje remetem às correrias de ontem.
Pensar no futuro não me agrada, prefiro entender o passado...
Tenho a alma velha, sempre falei isso! Mas prefiro ser assim, desta forma consigo ser mais próxima dos outros, porque só assim consigo entender (ainda que precariamente) as motivações humanas...
Muito bom ler você de novo!