Vítimas do terremoto na China se impacientam à espera de ajuda
Qui, 15 Mai, 09h15
Por Ben Blanchard
PUBLICIDADE |
XINSHI, China (Reuters) - Desperados e desamparados, os chineses afetados pelo terremoto em Xinshi, no sudoeste do país, acampavam sob barracas maltrapilhas diante de casas destruídas, reclamando que o governo as abandonou. Três dias depois do tremor de magnitude 7,9 afetar a província de Sichuan na segunda-feira, com número de mortos podendo passar dos 50.000, a China levou 130.000 soldados e policiais para áreas afetadas para distribuir ajuda e buscar sobreviventes em meio a inúmeras cidades destroçadas.
A massiva operação de resgate mal chegou a Xinshi, embora a cidade fique a apenas 30 minutos de uma estrada na qual comboios militares carregam suprimentos para as regiões prejudicadas.
"Não temos dinheiro para sobreviver, não podemos comprar nada. O que vamos fazer com nossas crianças?", reclamou Zhang Fuyang, do lado de fora do abrigo que construiu com uma estrutura de madeira e lençóis de plástico. "Ninguém nos disse nada", acrescentou.
Xinshi, uma pequena comunidade rural cercada de montanhas, é um dos milhares de vilarejos reduzidos a ruínas nos vales ao norte de Sichuan.
O acesso a muitos desses lugares continua interrompido por deslizamentos de terra e estradas destruídas, o que atrasa a chegada de ajuda e deixa os moradores se sentindo abandonados.
"Alguns soldados vieram aqui ontem. Mas não vimos ninguém desde então", disse Zhang Gongchuang, enquanto sua mulher dormia numa barraca e as crianças jogavam baralho.
No mesmo prédio em que morava Zhang, estava uma clínica médica vazia. Ninguém tem certeza de quantas pessoas morreram.
" Não temos equipes médicas aqui desde que meu pai morreu", disse Zhang. "Não temos energia elétrica e não sabemos quando ela vai voltar".
As esperanças de sobrevivência diminuem para as cerca de 25 mil pessoas que ainda estão soterradas nos escombros da região. Na quinta-feira, o Partido Comunista pediu que as autoridades "assegurem a estabilidade social" em meio à enorme frustração das dezenas de milhares de desabrigados.
Na beira da estrada que leva ao condado de Beichuan, onde mais de 7 mil pessoas morreram, moradores desesperados seguravam cartazes de papelão para os comboios militares que passavam, dizendo: "Não temos lugar para morar. Queremos sobreviver".
Os voluntários que paravam para entrar comida e garrafas de água eram cercados por uma multidão.
Em Anchang, no entanto, a comida era vendida nas ruas.
A rádio estatal pediu que os refugiados não bebam água de qualquer lugar nem roubem os suprimentos de ajuda.
Zhang Gongchuang, vasculhando os destroços de sua casa, tinha outras preocupações.
"Mesmo se tivermos comida, como vamos prepará-la? Não temos faca. Como vamos comer?", perguntou.
2 comentários:
Hoje eu passei numsinalonde tinha um grupo de 7adolescentes.
Todos com pinta de menino de rua.
Faziam um número de equilibristas. Pirâmide humana.
Me deu uma angústia.
Aqueles meninos vão ser marginais, Simone!!!
Vãoassaltar em breve.
Vão matar outros seres humanos.
Me deu vontade de colocar todos numa van e levar pra escola de circo.
Serio! Pensei nisso.
Eu preciso desesperadamente fazer algo.
Não consigo só assistir,sabe?
Me sinto responsável.
Minha vida burguesa é uma merda.
De que adianta?
De que adianta almoçar salmão e batata rostie se tem menino passando fome?
A gente se junta e faz alguma coisa, porra!
Podemos. Não vamos mudar o mundo, mas podemos mudar 1 vida.
Pra mim já vale tudo.
A Maria Eduarda acha faca um troço complicado mesmo, será que serviria uma "espétula" (espátula) rsrsrsrs.
Desculpa, mas só rindo cara.
Um bjo pra ti e um cafuné nos teus neorônios.
Postar um comentário