"Mulher-Cão", por Paula Rego

"Mulher-Cão", por Paula Rego

A mulher das cavernas...

Havia um ser selvagem
Nos confins do mundo
Registrei-a numa imagem
De um ambiente profundo...


Caçava para comer
E passeava todo o dia
Pescava para sobreviver
E nadava na água fria....

Vivia só entre os animais
E tinha uma caverna
Era forte e bela demais
Pobre, pura e terna...



Era a Mulher da Caverna...

sábado, 30 de agosto de 2008

AKI JAZ

"De súbito sabemos que é já tarde.
Quando a luz se faz outra, quando os ramos da árvore que somos soltam folhas e o sangue que tínhamos não arde como ardia, sabemos que viemos e que vamos.
Que não será aqui a nossa festa.
E parece-nos que há um mundo inteiro a gritar de dor, e que à nossa volta quase todos sofrem e são sós.
Temos de ter, necessariamente, uma alma.
Se não, onde se alojaria este frio que não está no corpo?
Rimos e sabemos que não é verdade. Falamos e sabemos que não somos nós quem fala. Já não acreditamos naquilo que todos dizem.
Os jornais caem-nos das mãos.
Sabemos que aquilo que todos fazem conduz ao vazio que todos têm."


esta foi a poesia do meu perfil do orkut por mais de 2 anos
quis trocar, por outra igualmente triste e fiquei c pena de nao guarda-la
por isso deixo-a aki

3 comentários:

Dona Doida disse...

É linda.
A nova tb é.
Jah li tudinho.
hehehehe

Branquinha disse...

Achei linda!
Gosto de poesias assim...
Dizem que sou melancólica
Mas gosto da vida real
Contos de fadas não me emocionam...
Bjus e saudade de ti!

Milena disse...

pq a preferencia por tristes?